sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
Lucinha Bastos é a convidada do Conexão Cultura Ao Vivo.
O “Conexão Cultura ao Vivo” desta sexta-feira (28), véspera do feriado de carnaval, está especialíssimo celebrando o aniversário de carreira da cantora paraense Lucinha Bastos. A convidada, além de cantar, vai falar do trabalho que vem desenvolvendo ao longo dos 30 anos de carreira. Um trabalho que prioriza qualidade, bom gosto e valorização pelas coisas amazônicas.
No repertório, que promete agitar o público do programa, estão canções como “Da Minha Terra” de Nilson Chaves e Jamil Damous; “Lamazon” Edilson Moreno; “Pimenta com Sal” de Eliakin Rufino e “Canto de Carimbó” de Nilson Chaves, Vital Lima e Manoel Cordeiro.
A banda que acompanha Lucinha é formada por Gerson Araújo (Violão), Figueiredo Jr. (Guitarra), Adelbert Carneiro (Baixo) e Edvaldo Cavalcante (Bateria).
O programa “Conexão Cultura ao Vivo” com Lucinha Bastos será exibido nesta sexta-feira (28), às 11h, na TV, Rádio e Portal Cultura.
FONTE: PORTAL CULTURA
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
Abba usava roupas extravagantes para não pagar imposto, revela integrante.
As roupas extravagantes que os integrantes do Abba ostentavam em suas apresentações, repletas de cores, cetim e lantejoulas, tinham uma razão peculiar de ser, e ela ia um pouco além dos ditames da moda na época.
No novo livro de fotos do grupo sueco, "Abba: The Official Photo Book", o guitarrista Björn Ulvaeus explica que a opção pelo visual excêntrico era a única forma de deduzir os impostos das roupas dos shows. Segundo o músico, elas precisavam ser comprovadamente "inadequadas para o uso diário", conforme a legislação sueca.
"Na minha modesta opinião, nós parecíamos malucos naquela época", diz Björn Ulvaeus no livro. "Ninguém conseguia se vestir pior do que nós em shows."
Desde o final do ano passado, a banda estuda uma possível reunião, segundo a vocalista Agnetha Faltskog. Em 2014, o grupo festeja o 40º aniversário de seu primeiro hit, "Waterloo", com o qual ganhou em 1974 o concurso Eurovision, que marcou o início de sua estelar carreira.
Faltskog formou a banda em 1972, em Estocolmo, junto do guitarrista Bjorn Ulvaeus --com quem se casou em 1971--, e do casal Benny Andersson e Anni-Frid Lyngstad.
Dono de sucessos globais do pop e disco music, como "Dancing Queen", "Mamma Mia" e "Super Trouper", o grupo ganhou no ano passado um museu temático na Suécia. Em quatro décadas, o Abba já vendeu mais de 380 milhões de discos no mundo.
FONTE: UOL
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
Coldplay lança clipe de novo single, Midnight.
A banda britânica Coldplay lançou ontem o clipe de Midnight, single do próximo álbum, o sexto da carreira, acompanhado por um atmosférico vídeo em preto e branco.
A canção, de tinturas eletrônicas e menos roqueiro que os anteriores, será um dos cortes do seguinte disco do grupo, continuação do trabalho anterior Mylo Xyloto, de 2011, segundo o site da revista Billboard.
É a primeira música divulgada pelo Coldplay desde Atlas, em agosto de 2012, que fez parte da trilha sonora do filme Jogos Vorazes: Em Chamas.
O novo álbum, que ainda não teve o título divulgado, deve sair até o meio do ano. A banda liderada por Chris Martin, marido da atriz Gwyneth Paltrow, vendeu milhões de discos com anteriores trabalhos como A Rush Of Blood To The Head (2002), X&E (2005) e Viva a Vida or Death and All His Friends (2008).
FONTE: R7.COM
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Parceria entre Ivete e Claudia Leitte ganha remix e clipe estrelado por Sabrina Sato.
Deusas do Amor, primeira parceria vocal entre as duas maiores estrelas do axé e do carnaval brasileiro, Ivete Sangalo e Claudia Leitte ganhou um remix assinado pelo DJ Fernando Deeplick e um vídeo oficial, estrelado por Sabrina Sato.
Considerado um dos maiores nomes do remix nacional, com alcance mundial, Deeplick tem no currículo trabalhos para estrelas como Shakira e Jennifer Lopez. Com Ivete, ele colaborou na música Mixturação e, com Claudia, assinou a direção musical de faixas do álbum As Máscaras.
“Usando apenas as vozes das cantoras, criamos um remix que manteve a característica explosiva da música, valorizando não só seu estilo original, mas usando elementos da música eletrônica. Criamos um 'axé-eletrônico' que servirá para aquecer as festas dentro e fora do período de carnaval”, afirma o DJ em texto divulgado pela assessoria de impresa.
Além da versão remixada, a canção também ganhou um vídeo oficial, com a modelo e apresentadora Sabrina Sato. “Adorei aprender e dançar a música da Ivete e Claudia, e me senti uma Deusa do Amor também, porque valoriza a pernas”, disse Sabrina.
FONTE: UOL
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Shakira anuncia novo single e divulga capa em preto e branco.
Shakira revolou qual será o seu próximo single. Depois da caliente Can't Remember to Forget You, que contou com a participação de Rihanna, a escolhida foi Empire. Ambas as faixas estarão no álbum auto-intitulado da cantora, seu décimo trabalho, a ser lançado no dia 21 de março.
FONTE: UOL
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
"Este ano volto a cantar 'Quero que Vá Tudo...'", diz Roberto Carlos.
Vestido todo de azul, sem fugir da tradição, Roberto Carlos chegou bem humorado ao encontro com jornalistas na noite deste domingo (9) a bordo do navio MSC Preziosa, onde acontece a 10ª edição do cruzeiro "Emoções em Alto Mar". "Estou melhor do TOC [Transtorno Obsessivo-Compulsivo]. Sentei numa cadeira roxa e nem percebi", brincou o cantor, referindo-se às manias de evitar as cores marrom e roxo.
Outro caso famoso do TOC do cantor envolve a música "Quero que Tudo Vá Para o Inferno", sucesso de 1965 e que está banida de seu repertório desde a década de 1980. "Mas este ano ainda eu volto a cantar 'Quero que Vá Tudo...'", disse ele, sem completar o restante do título.
Durante a conversa com jornalistas, Roberto Carlos retomou o assunto das biografias não autorizadas. "A questão é equilibrar o direito de privacidade com a liberdade de expressão. Um direito não pode prejudicar o outro". O cantor disse que, hoje, é a favor da biografia não autorizada desde que obedeça a esse equilíbrio. "Eu me considero dono da minha história. Isso é propriedade minha. A comercialização das coisas em torno da minha história tem que passar por mim".
Ele disse que já está escrevendo uma biografia e que, nela, os fãs conhecerão as alegrias e as tristezas. "Não vou esconder nada. Ninguém vai contar a minha história melhor que eu". Questionado se já estaria terminando o livro, ele riu: "Já escrevi até os 25 anos. Faltam mais dois terços".
Relembrado sobre a censura em 2006 da biografia escrita por Paulo César de Araújo, "Roberto Carlos em Detalhes", o cantor disse que aquele livro, especificamente, é "um caso de invasão de privacidade grave" e que, por isso, decidiu protestar como fez.
No cruzeiro, Roberto divulgou o lançamento do livro "Collection Book", um álbum de fotografias com 400 páginas que foi anunciado em 2009, mas que só será lançado oficialmente em abril deste ano, no mês do aniversário de 73 anos do cantor. "Fiquei emocionado porque estou revendo meu passado e reencontrando coisas que eu nem lembrava", disse ele. O livro, que tem tiragem limitada de 3.000 exemplares, custa R$ 4.500, mas está em pré-venda no navio com "desconto especial" ao preço de R$ 4.000.
Roberto disse que vai lançar um disco com músicas inéditas ainda este ano, além de uma nova edição do álbum "Roberto Carlos Remixed", que saiu em dezembro do ano passado. Ele contou que um novo EP com cinco músicas sairá com outros DJs.
Sobre a parceria que fez com Anitta no especial de final de ano, Roberto elogiou o funk melody e disse que gosta do gênero. "É um ritmo contagiante. Só não precisa rebolar até o chão", brincou ele, admitindo que poderá voltar a gravar outros funks, como fez com "Furduncio", gravado com Erasmo Carlos.
Roberto comentou também sobre relacionamentos. Ele disse que não se importa com as especulações da imprensa, mas reclamou que muita coisa não é verdade e afirmou que não está namorando no momento. "Namorando, não...", deixando no ar se está com alguém.
Os jornalistas também quiseram saber a opinião do cantor sobre o comentado beijo gay entre Niko (Thiago Fragoso) e Felix (Mateus Solano) na novela "Amor à Vida". "A cena foi feita com muita elegância", disse ele, acrescentando que vê o caso com naturalidade. "Pessoas que se amam se beijam na boca. Todo ser humano deve ter esse direito respeitado".
FONTE: UOL
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Anitta irá do inferno ao céu no primeiro DVD da carreira.
Anitta é oito e oitenta. Não sabe ficar no meio termo. E foi para retratar esse traço forte de sua personalidade que a funkeira pop carioca decidiu dividir em dois espaços totalmente contraditórios o palco onde vai gravar seu novo DVD: inferno e céu. "Representa muito o que eu sou, alguém que brinca como uma criança de cinco anos, mas também sabe falar muito sério", explicou ela, que concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, para falar sobre a gravação de Fantástico Mundo de Anitta. "Eu respiro esse novo trabalho. Durmo e acordo cantando as músicas, repasso a coreografia o tempo todo. É tudo muito especial. Estou me sentindo."
Os olhos dela brilham ao falar da produção que faz a menina de 20 anos e 1,60 metro de altura se agigantar. O diretor Raoni Carneiro não revela as cifras do investimento, mas deixa claro que dinheiro não foi problema. "Eu pedi 30 bailarinos, um profissional do Cirque de Soleil, três elevadores, duas árvores de cinco metros, outras duas de oito metros, chuva de papel picado, 200 metros quadrados de gelo picado... Não tenho ideia de quanto custou, só sei que recebi tudo o que eu quis", detalhou. A preocupação dele, conta, foi fazer a melhor apresentação da vida de Anitta. "Foi tudo pensado para ela brilhar e viver uma experiência mágica com o público."
Os fãs são uma preocupação constante da cantora, que fará uma homenagem especial a eles. Passeando pelas redes sociais, Anitta encontrou um vídeo de Le Tícia, cantando uma música que escreveu para ela, Quem Sabe. Gostou tanto, que a canção foi incluída nas 19 faixas do show do DVD. "Ela nem sonha com isso. Decidimos fazer uma surpresa", revelou Anitta. O show terá apenas uma participação especial, do rapper Projota, que fará dueto com a cantora em uma música inédita, chamada Cobertor. Os demais são hits já gravados e outros inéditos da funkeira. Um DJ ainda promete transformar a casa de shows em um grande baile funk.
O show será gravado no dia 15 de fevereiro, no HSBC Arena, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O cenário é grandioso e lembra superproduções de divas pop, como Beyoncé e Rihanna. Mas, ao contrário delas, Anitta fará "apenas" quatro trocas de figurino. A intenção, destaca o diretor, é não atrapalhar a dinâmica da apresentação. "Este show não para nunca." E entre o céu e o inferno, ela vai viajar por vários estilos musicais, dos mais românticos aos mais dançantes e sensuais. Sua preferência? Ela mesma responde: "O inferno tem umas partes maneiríssimas". Típico da cantora que comanda a "vingança" das garotas poderosas sobre os homens.
Fonte: Veja.com
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Claudia Leitte faz apelo para que o novo axé tenha espaço no mundo musical.
Com participação de duas representantes do novo axé - Katê, da Banda Voa Dois, e Carla Cristina, ex-vocalista da banda As Meninas - em seu show no Festival de Verão de Salvador, a cantora Claudia Leitte disse, semana passada, que o axé não precisa de renovação e, sim, de abertura para os novatos.
"Eu acho que a volta na música tem que ser natural. Tenho uma expectativa que o novo venha. O meu apelo é em função de espaço para que o novo brilhe", pediu Claudia durante coletiva de imprensa. Debatendo sobre o assunto estavam também Katê e Carla Cristina.
Mediando a discussão, Claudia afirmou que a manifestação feita por elas em prol à música baiana é positiva. Para Katê – que é conhecida regionalmente -, o protesto é contra a super valorização da música internacional.
"Tem muita gente de talento no Brasil que não tem oportunidade. Aí, pedem uma renovação do axé, mas não existe oportunidade", disse ela. E acrescentou: "Temos exemplos de outros ritmos que vêm crescendo cada vez mais porque a renovação não para e os artistas não param de aparecer".
Sem pisar no palco do Festival de Verão desde o ano 2000, Carla Cristina disse que sabe o quanto é difícil estar em ascensão e participar de um evento como esses. No entanto, ela acredita que se não mostrar coisas novas as pessoas vão perder o interesse pelo axé.
"A partir do momento que a Bahia não mostra coisa nova, vão vir outros estilos que vão começar a mostrar", finalizou ela.
FONTE: UOL
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Depeche Mode anuncia reedição de toda a sua discografia em vinil.
O grupo Depeche Mode irá relançar toda a sua discografia em vinil nos próximos quatro meses.
O primeiro box, composto pelos registos Some Great Reward, Music For The Masses, Songs Of Faith And Devotion e Black Celebration, já está disponível para compra, sendo que o segundo, do qual fazem parte A Broken Flame, Ultra, Construction Time Again e Violator, será lançado em 25 de março.
Speak And Spell, Exciter, Playing The Angel, Sounds Of The Universe serão liebrados, por sua vez, a 27 de maio.
Todas as reedições poderão ser adquiridas no site da Amazon.
FONTE: UOL
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Música infantil brasileira avança com som de qualidade.
Durante muitos anos, e para mais de uma geração, música infantil no Brasil foi sinônimo de apresentadora de TV loira. Na década de 1980, com a ascensão de Xuxa, Angélica e Eliana, a produção musical para crianças se tornou comercial, pasteurizada e, muitas vezes, sensualizada. Uma reação começou a ganhar forma na década seguinte e chega agora a um momento de consolidação. Com a ajuda de bons músicos – incluindo nomes consagrados da MPB, do pop e do rock – dedicados a oferecer aos pequenos produções feitas com cuidado e respeito, o segmento chama a atenção pela alta qualidade e pelos números atraentes. Só o Palavra Cantada, criado em 1994 na cidade de São Paulo, já vendeu mais de 4 milhões de cópias de CDs e DVDs. O número mostra o potencial desse mercado, que avança em meio à crise e ainda tem espaço para crescer.
A nova geração é puxada justamente pelo Palavra Cantada, duo formado por Paulo Tatit, ex-Grupo Rumo, e Sandra Peres, que tem formação em música erudita. Com canções bem trabalhadas e uma produção variada que abraça todas as faixas etárias, os dois abriram caminho para a retomada da música infantil de qualidade. Hoje, dividem espaço com Hélio Ziskind, compositor das músicas de programas infantis da TV Cultura como Cocoricó, o grupo Pequeno Cidadão, formado por Edgard Scandurra (do Ira!), Arnaldo Antunes, Taciana Barros (ex-Gang 90 e as Absurdettes) e a dupla pernambucana Fadas Magrinhas, que acaba de lançar seu primeiro CD. Artistas como Adriana Calcanhotto, Chico César e Pato Fu também já fizeram suas incursões por esse universo, contribuindo para enriquecer o repertório. Zeca Baleiro é mais um que deve entrar na onda ainda este ano.
Para Sergio Saslavsky, diretor da gravadora MCD, especializada em produção infantil e “casa” do Palavra Cantada, de Hélio Zinskind e da série instrumental para bebês MPBaby, esse mercado tem se mostrado mais resistente à atual crise da indústria fonográfica. “As vendas de CDs e DVDs nas lojas tiveram queda, mas uma queda menor que a da música adolescente ou adulta.” Já a comercialização de músicas no formato digital e de produtos como aplicativos e ringtones, segundo Saslavsky, que não entrega números, cresce “de maneira significativa”.
Disquinho e Arca de Noé – Até os anos 1980, a produção musical voltada para crianças no Brasil era incipiente. O único trabalho bem elaborado para esse público, até então, havia sido a coleção Disquinho, série de histórias infantis como Chapeuzinho Vermelho e O Gato de Botas adaptadas por João de Barro, co-autor de Carinhoso, e Radamés Gnatalli, parceiro de Pixinguinha e Tom Jobim. Lançadas a partir da década de 1960, as histórias da Disquinho venderam mais de 5 milhões de vinis coloridos.
Depois, em 1977, Chico Buarque lançou o álbum Os Saltimbancos, uma adaptação da obra do argentino naturalizado italiano Luis Enríquez Bacalov, com interpretações de Nara Leão e Miúcha, entre outros. Mas o verdadeiro marco da música infantil nacional viria apenas três anos mais tarde. Escrito por Vinicius de Moraes e Toquinho, o álbum A Arca de Nóe reuniu letras do poetinha sobre animais, revestidas por músicas atraentes e as vozes de intérpretes variados, como Elis Regina, Frenéticas, Alceu Valença e Marina Lima. O lançamento do disco foi acompanhado de um especial na TV Globo e ele vendeu mais de 250.000 cópias, segundo dados do Instituto Itaú Cultural. Um segundo volume saiu após um, sem o mesmo sucesso.
Criança quer qualidade
Segundo músicos e especialistas, muitos erros são cometidos na composição e na gravação para crianças. Em busca de simplicidade e da reprodução do universo infantil, muitos perdem de vista a necessidade de educar e instigar o pequeno ouvinte, que está em idade de aprender e expandir seus horizontes sonoros e, para isso, precisa de música de qualidade.
Para Teca Alencar de Brito, especialista em educação musical e autora do livro Música na Educação Infantil – Propostas para a Formação Integral da Criança (editora Peirópolis), a composição infantil deve ter o mesmo cuidado com arranjos, timbres e instrumentação que qualquer uma feita para adultos. Pode parecer uma afirmação óbvia, mas é uma cartilha que, mesmo que alguns artistas já coloquem em prática, parte do mercado ainda precisa levar a sério.
“É muito comum que músicas para criança tenham um instrumental pobre”, diz Teca. “As crianças estão abertas a sonoridades, elas podem e devem escutar vários gêneros e estilos para ampliar o seu universo.”
Outro equívoco comum, segundo Teca, é o uso de estereótipos e da imitação da fala da criança, coisas que, segundo ela, não contribuem para o seu desenvolvimento. “Tem muito ‘nhem-nhem-nhem’, ‘inha-inha’, letras pobres, rimas óbvias. A criança não precisa disso, ela precisa ser estimulada na escuta e isso é feito com letras poéticas, qualidade nos timbres, boas gravações e boas vozes.”
Fica a dica.
Nos anos seguintes, a TV Globo preparou outros especiais infantis, também lançados em disco, como Pirlimpimpim (1982) e Plunct Plact Zuuum (1983), que reuniram artistas como Raul Seixas, Jorge Ben Jor, Fábio Jr. e Maria Bethânia. Mas logo vieram as loiras com seus arranjos pobres e letras simplórias. Em 1988, Ilariê, música carnavalesca de Cid Guerreiro gravada por Xuxa se tornou a mais executada em todo o país, transformando versos como “pula pula, bole bole / rebolando sem parar” em chiclete melódico.
Nos dias atuais, a boa produção para crianças passa longe de uma rainha dos baixinhos. Ela é feita por músicos tarimbados, com experiência em estúdio e em trato com um público adulto mais exigente, e que levam essa bagagem para os novos experimentos. Há os que desenvolvem trabalhos pontuais – como o da banda mineira Pato Fu, que lançou apenas um álbum infantil (Música de Brinquedo) em 2010 – e os que já construíram uma longa carreira no mercado – como Hélio Ziskind, que se dedica aos programas infantis da TV Cultura desde a década de 1980 e influenciou gerações de ouvintes. Adriana Calcanhotto fica no meio termo, tendo gravado três álbuns ao longo de oito anos.
Os temas também são mais amplos. As Fadas Magrinhas, que já tocaram nas bandas de Naná Vasconcelos e Alceu Valença, buscam a cultura brasileira e o folclore, enquanto o grupo paulistano Pequeno Cidadão fala mais às crianças urbanas, seus esportes e brincadeiras.
Boca a boca – Uma dificuldade comum a todos os projetos, no entanto, é a falta de divulgação. Sem acesso às rádios e com alcance restrito nas TVs, eles dependem, quase sempre, do boca a boca entre pais, de shows eventuais e, agora, das redes sociais.
O poder da internet para chegar a esse público, no entanto, não deve ser menosprezado. É ele que está por trás do maior fenômeno musical infantil brasileiro, uma galinha azul que está sempre sorrindo. A Galinha Pintadinha, um negócio que engloba segmentos como brinquedos, peças de teatro, aplicativos, livros e, em breve, um longa metragem, começou com um vídeo postado no YouTube que se tornou sucesso espontâneo. Hoje são mais de 500 produtos licenciados que ultrapassaram os 500 milhões em vendas só em 2013.
Bons arranjos e letras instigantes são a base do trabalho das Fadas Magrinhas. A dupla foi formada há quatro anos, em Recife, pelas gêmeas Aninha e Lulu Araújo. Unindo a experiência adquirida ao tocar em bandas de artistas como Naná Vasconcelos e Alceu Valença e as dificuldades de Lulu em seu trabalho de professora de música para crianças, elas decidiram produzir um material que não subestimasse a inteligência dos pequenos ouvintes. O disco de estreia da dupla, chamado apenas de Fadas Magrinhas, traz forró, frevo, baladas e canções pop, tudo feito com guitarra, violão, acordeom, instrumentos de percussão variados e metais, além de sons produzidos com brinquedos e panelas. Há composições de Chico César e Marcelo Jeneci e participação de Naná Vasconcelos, além de letras elaboradas. “Não precisamos limitar a criança, temos que jogar para elas. Umas vão gostar, outras vão pensar sobre aquilo, mas precisamos experimentar”, afirma Lulu.
A base do sucesso da penosa, criação de Juliano Prado e Marcos Luporini, são canções tradicionais de domínio público, como Pintinho Amarelinho, O Sapo Não Lava o Pé e Marcha Soldado, retrabalhadas e associadas a animações simples de animais. Com voz de Vera Fuzaro e produção do próprio Luporini, foram lançados, até hoje, três CDs, três DVDs e 45 clipes.
O resgate de cantigas que já foram testadas e aprovadas, geração após geração, e que pertencem à memória afetiva dos pais é o maior mérito da Galinha. “O cancioneiro popular brasileiro foi nossa primeira inspiração. A riqueza das cantigas infantis nos encantavam”, diz Luporini. Musicalmente, no entanto, a galinha difere dos outros projetos infantis, não oferecendo muita variedade de estilo ou instrumentos. A fórmula, está provado, funciona. Mas não deixa de ser apenas isso: uma fórmula comercial.
Para Teca Alencar de Brito, especialista em educação musical, é obrigação dos pais buscar e oferecer aos filhos boa música desde cedo. “É o importante que a criança possa desenvolver a relação com a música para desenvolver a sensibilidade, a expressão e para criar uma escuta qualitativa.” Para ela, criança que só ouve aquilo que os pais escolhem para si entra cedo demais no universo adulto. “A criança gosta de música, de dançar. Se ela demonstra gostar do que é inadequado é porque é essa a música que estão dando para ela. Os adultos no entorno é que deveriam cuidar para que ela tivesse acesso a coisas melhores para dançar e brincar.”
FONTE: VEJA .COM
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
Will.i.am: 'A indústria musical atual provoca desilusão'.
"Não quero viver da forma como a imprensa diz que um artista de sucesso deveria viver". Foi com esta frase de efeito que o rapper e produtor Will.i.am abriu neste domingo sua crítica à indústria musical durante a apresentação de um projeto de recuperação de jovens marginais.
William James Adams, nome do ex-integrante do Black Eyed Peas, participou de uma das conferências do Mercado Internacional do Disco e da Edição Musical (Midem), realizado em Cannes, na França, e que é o maior evento mundial de empresas ligadas ao ramo da música. O multifacetado artista abordou um aspecto que, segundo ele, o setor musical esquece em sua impetuosa busca por números econômicos estrondosos: a filantropia.
"Trans4m" é o último projeto humanitário de Will.i.am, que previamente havia criado a fundação "I Am Angel" para ajudar vítimas de desastres naturais.
"Por que esperar um furacão ou um tsunami para que a indústria musical lance mão de todo seu sucesso e o foque em uma eventualidade? Eu queria que 'I Am Angel' ajudasse a resolver situações urgentes e cotidianas sobre as quais a imprensa não fala", explicou o artista em uma conversa via Skype.
Há dois anos ele começou a ajudar, através do "Trans4m", 60 jovens de seu bairro natal, o Boyle Heights, na periferia de Los Angeles. Atualmente, o número é de 120, e seu plano é fazer com que em 10 anos sejam 600 os jovens que tenham passado por seu programa educativo, no qual os incentiva a "fazer coisas que nunca achavam que seriam capazes de fazer".
O recente produtor de Britney Spears e Miley Cyrus impeliu outros artistas a seguir essa atitude proativa, assim como a grande indústria, à qual acusou de ser "muito preguiçosa" e de ter estagnado em suas aspirações quando dispunha de todos os meios à sua disposição.
"Deveríamos ter sido Facebook antes que outros, deveríamos ter sido Twitter. Poderíamos ter sido inclusive a Apple!", exclamou, se referindo à proprietária da maior plataforma de download digital legal, o iTunes, com o qual não parece estar muito satisfeito.
Sobre este assunto, o artista disse que a indústria musical o "entristece".
"Estamos em um estado lamentável, no qual os artistas estão vendendo... Para ser honestos, não sei sequer se estamos vendendo. Downloads de 99 centavos, isso é o que estamos vendendo", disse Will.i.am, que obtém mais lucro com sua participação em uma empresa de hardware musical - The Beats, junto com o rapper Dr . Dre - que com os downloads de "I gotta feeling", música mais baixada da história da internet.
"Faço de tudo para não ficar obsessivo com a desilusão que a indústria musical atual me provoca. Talvez esteja buscando algo que provavelmente nunca alcançarei, mas já passei por isso no passado quando vagava pelo gueto atrás do sonho de montar uma banda", disse.
FONTE: UOL
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