segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Depois de Wagner Moura, Caetano também cobra informações sobre Amarildo.
Depois do ator Wagner Moura ter cobrado informações sobre o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza durante discurso no Festival de Gramado, foi a vez do cantor Caetano Veloso mencionar o morador da Rocinha em sua coluna no jornal "O Globo" deste domingo (11).
O cantor abre seu texto dizendo que o desaparecimento do pedreiro "é o acontecimento mais impactante nesse período de eventos marcantes na cidade" e completa afirmando "É, na verdade, dilacerante saber que um pai de família sumiu sem que autoridades que o levaram tenham apresentado explicações para o fato, apenas porque isso seria tido como natural no ambiente onde ele vivia".
Para o cantor, o acontecido demonstra que as "partes da nossa sociedade vinham mesmo se comunicando muito insatisfatoriamente entre si" e, "além dos abusos exibidos na repressão às passeatas, o desrespeito à vida dessa família grita que a brutalidade contra os cidadãos pobres não quer nem mesmo fingir que se envergonha de perpetuar-se".
Caetano recorda também sua passagem pela prisão da Polícia do Exército em 1968, ao lado de outroas artistas intelectuais presos pelo regime militar, e os gritos de agonia que ouvia vindo de outras celas, ocupada, segundo o que eles conseguiam saber, por criminosos comuns.
O cantor afirma que temos que encarar o problema da injustiça e faz um apelo para que Amarildo não seja esquecido nesse Dia dos Pais: "As lojas, a mídia, o povo, todos celebram neste domingo o Dia dos Pais. Que todo o país pense nesse pai de seis como o representante do Pai que dá à pátria o nome de pátria".
FONTE: UOL
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