segunda-feira, 7 de abril de 2014

New Order mexe com nostalgia dos fãs e ganha público do Lolla com clássicos.

Os britânicos do New Order subiram ao palco do Lollapalooza 2014, na noite deste domingo (6), competindo público com o Arcade Fire, que tocava ao mesmo tempo do outro lado do Autódromo de Interlagos de São Paulo. Bernard Sumner voltou ao país para mexer com a nostalgia dos fãs, que fizeram da banda a atração com maior audiência do palco Interlagos, considerado secundário. Esta é a primeira vinda ao Brasil do grupo de Manchester desde a insossa participação no Ultra Music Festival em dezembro de 2011. Embora com repertório bastante previsível e semelhante ao de três anos atrás (e da execução frustrante de algumas faixas sem a potência esperada, como foi o caso de "Crystal", que abriu a noite), o show se diferenciou, principalmente, em termos de resposta do público. "Bizarre Love Triangle", "Blue Monday", "Temptation", "Ceremony", "True Faith", "Perfect Kiss" e "Age of Consent" foram recebidas como tesouro pela plateia. Faixas do Joy Division --banda anterior ao New Order que encerrou as atividades após o suicídio do vocalista Ian Curtis-- também tiveram boa recepção. "Transmission", "Atmosphere" e "Love Will Tear Us Apart" foram executadas com as imagens do ex-vocalista no telão de LED situado no fundo do palco, alternando com a ilustração da capa do clássico álbum "Unknown Pleasures" (1979). O New Order também trouxe na bagagem uma canção inédita. "Vamos tocar uma música nova e a p*** do nome dela não é 'Drop the Guitar', como divulgaram. Ela se chama 'Singularity'", disse Sumner, corrigindo informações recentes --a canção integrou o repertório de outros shows na América do Sul e circulou na internet por meio de vídeos amadores de fãs com o título errado. Ao final, o vocalista ainda repetiu a chamada de atenção. "É isso aí, gente! Essa foi 'Singularity', se escreve s.i.g.u.l.a.r.i.t.y", ironizou. A ausência de Peter Hook comandando as linhas de baixo que definiram tão fortemente a sonoridade do New Order faz diferença na figura e na performance do grupo no palco, que continua sem grande expressão apesar da simpatia de Sumner. Hoje em dia, que assume o baixo é Tom Chapman. Vale lembrar que, fora do banda desde 2007, Hook segue alfinetando publicamente os ex-colegas --a última foi chamá-los de preguiçosos por sempre sustentarem seus repertórios nos clássicos sucessos e não investirem no amplo catálogo já produzido pelo grupo ao longo dos anos. E ele tem razão. FONTE: UOL

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